A procura da completude do sujeito no objeto exterior.
Texto corrigido
A sociedade romântica trouxe uma mudança significativa no modo como o sujeito europeu, e por conseqüência o sujeito moderno encara a si mesmo. Pode-se dizer que na idade média existia uma negação completa do sujeito: a alma em detrimento do corpo, o celestial em lugar do terreno, o pecado no lugar do prazer, Deus em detrimento do homem.Condições materiais possibilitaram a mudança dessa lógica, o sujeito agora passa a ser responsável pela sua própria felicidade, responsável pela satisfação dos próprios desejos, e a tentativa de satisfação dessas necessidades passou a ser uma questão importante.
No entanto, este individuo, apesar de procurar a satisfação de suas necessidades, procura em um objeto exterior. O melhor exemplo é o amor romântico. O amor romântico é estruturalmente carente, já que busca no individuo amado a completude para as próprias questões. Esta procura da plenitude de si num objeto exterior, o individuo amado, faz com que o sentimento nunca seja pleno. O ciúme de Otelo por Desdêmona tem o final de uma tragédia de Shakespeare, assim como Romeu e Julieta.
O individuo moderno, e que vive o amor moderno, vai sempre viver um amor carente, um amor que procura a completude do próprio sujeito no objeto exterior.
terça-feira, 23 de junho de 2009
sábado, 8 de novembro de 2008
A procura do auto-conhecimento do sujeito no objeto exterior.
A sociedade romântica trouxe uma mudança significativa no modo como o o sujeito europeu, e por conseqüência o sujeito moderno encara a si mesmo. Pode-se dizer que na idade média existia uma negação completa do sujeito, a alma em detrimento do corpo, o celestial em detrimento do terreno, o pecado no lugar do prazer, Deus em detrimento do homem.
Condições materiais possibilitaram a mudança dessa lógica, o sujeito agora passa a ser responsável pela sua própria felicidade, responsável pela satisfação dos próprios desejos, e a tentativa de satisfação dessas necessidades passou a ser uma questão imortante.
No entanto, este individuo, apesar de procurar a satisfação de suas necessidades, procura em um objeto exterior. O melhor exemplo é o amor romântico. O amor romântico é estruturalmente carente, já que busca no individuo amado a completude para as próprias questões. Esta procura da plenitude de si num objeto exterior, o individuo amado, faz com que o sentimento nunca seja pleno. O ciúme de Otelo por Desdêmona tem o final de uma tragédia de Shakespeare, assim como Romeu e Julieta.
O individuo moderno, e que vive o amor moderno, vai sempre viver um amor carente, um amor que procura a completude do próprio sujeito no objeto exterior.
Condições materiais possibilitaram a mudança dessa lógica, o sujeito agora passa a ser responsável pela sua própria felicidade, responsável pela satisfação dos próprios desejos, e a tentativa de satisfação dessas necessidades passou a ser uma questão imortante.
No entanto, este individuo, apesar de procurar a satisfação de suas necessidades, procura em um objeto exterior. O melhor exemplo é o amor romântico. O amor romântico é estruturalmente carente, já que busca no individuo amado a completude para as próprias questões. Esta procura da plenitude de si num objeto exterior, o individuo amado, faz com que o sentimento nunca seja pleno. O ciúme de Otelo por Desdêmona tem o final de uma tragédia de Shakespeare, assim como Romeu e Julieta.
O individuo moderno, e que vive o amor moderno, vai sempre viver um amor carente, um amor que procura a completude do próprio sujeito no objeto exterior.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
ÁPORO
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
(Carlos Drummond de Andrade)
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
(Carlos Drummond de Andrade)
Assinar:
Postagens (Atom)